NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR

Por ABLA Import / Segunda, 27 de Agosto 2020 /
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O QUE É? É uma afecção não inflamatória e/ou infecciosa da cabeça e colo do fêmur que ocorre principalmente em animais de pequeno porte e jovens, variando de 3 a 13 meses de idade, antes do fechamento do disco epifisário da cabeça do fêmur. Ocorre devido a uma diminuição do fluxo sanguíneo na cabeça femoral, que leve a morte e focos de isquemia no tecido ósseo. Como consequências da isquemia há a fragilidade da cabeça femoral e posterior necrose, causando microfraturas e deformação da superfície articular da mesma.

ETIOLOGIA A etiologia ainda é desconhecida, porém algumas causas podem ser relacionadas à alteração sanguínea região, como: distúrbios endócrinos, fatores nutricionais, conformação anatômica, traumas, uso excessivo de corticosteroides e aumento da pressão do líquido sinovial. Há indícios de que a afecção possua uma hereditariedade de um gene recessivo autossômico, sendo sugerido em várias raças como Yorkshire Terrier, Poodle toy, Pug, Schnauzer entre outras. Com isso, animais diagnosticados com essa afecção devem ser retirados da reprodução.

SINAIS CLÍNICOS Os sinais clínicos costumam ser inespecíficos e semelhantes aos de afecções ortopédicas em geral. São eles: claudicação, incapacidade parcial de sustentação do próprio peso sobre o membro afetado, dor na manipulação da articulação afetada, limitação da amplitude dos movimentos, crepitação, podendo ocorrer atrofia da musculatura do membro afetado. Com isso, para o diagnóstico preciso é necessário um bom exame clínico e físico ortopédico, e auxílio de imagens radiográficas.

DIAGNÓSTICO O diagnóstico é confirmado através das imagens radiográficas da região afetada. A principal imagem a ser obtida é na projeção ventro-dorsal e os principais aspectos radiográficos são: tênue aumento da densidade óssea da epífise femoral afetada podendo ter leve aumento do espaço articular quando em estágio inicial da doença, e áreas irregulares de lise na epífise proximal do fêmur, incongruência articular, colapso do osso subcondral da cabeça do fêmur e deformação das superfícies articulares, conforme progressão da mesma.

TRATAMENTO O tratamento deve ser escolhido com cautela e avaliando a gravidade da doença em cada animal. Quando em fase inicial da afecção, pode ser uma escolha terapêutica o tratamento conservativo, que consiste em repouso por até 8 semanas, suplementação vitamínica, dieta, controle da dor e uso de antiinflamatórios. Normalmente, a necrose asséptica da cabeça do fêmur é diagnosticada tardiamente quando já há lesões mais graves, portanto, o tratamento cirúrgico é o de escolha para a maioria dos casos. O tratamento cirúrgico mais recomendado é a Colocefalectomia, que consiste na extirpação da cabeça do fêmur, realizando uma secção na região do colo femoral. Possui como objetivo a formação de pseudoartrose no local para o alívio do estímulo doloroso e consequente melhora na claudicação desse animal.

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